Um ato cultural e político reúne cerca de 500 pessoas, entre os quais professores em greve, jovens universitários, movimentos sociais, partidos de esquerda, entre outros, na noite desta quarta-feira no auditório do 5o andar da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), na zona norte da capital fluminense.
Segundo os organizadores, a ação foi pensada em protesto "à violência praticada pelo Estado", o que inclui a postura da Polícia Militar na contenção ou repressão de distúrbios ocorridos nas manifestações e as operações policiais nas favelas cariocas.
Durante o encontro, um vídeo que contrasta declarações do governador do Rio, Sérgio Cabral, com imagens jornalísticas de PMs lançando bombas de gás e atirando balas de borracha no decorrer dos protestos foi exibido para o público. Cabral é incessantemente xingado pelas pessoas que comparecem ao ato.
Em discurso, a diretora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) Suzana Gutierrez afirmou que o governo municipal está tentando sufocar a paralisação da categoria, iniciada no dia 8 de agosto, associando a greve dos professores aos "black blocs".
Além disso, segundo ela, há uma tentativa por parte do prefeito Eduardo Paes (PMDB) de politizar o debate, reduzindo a greve a uma suposta ação de partidos de oposição. Mais cedo, em assembleia realizada no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte da cidade, os professores da rede estadual votaram pela manutenção da paralisação.
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